Um texto de Eleilson Leite, cuidadoso, atento e severo, sobre o romance Antes de Evanescer, de Escobar Franelas: Notas sobre o livro Antes de Evanescer
27.6.22
25.6.22
20.6.22
Projeto curtaSUZANOnaTELA exibe filme de Itaquaquecetuba ganhador do prêmio de melhor som em 2021
Terça-feira, dia 21/6, a partir da 19h, tem exibição de um novo filme no circuito #curtaSUZANOnaTELA.
Dessa vez é Quase Ilha, curtametragem de Aline Bispo e Djacinto Santos, ganhador do prêmio Melhor Som (Djacinto Santos), no Curta Suzano de 2021, representando a cidade de Itaquaquecetuba (SP).
Quase Ilha é um filme muito atual, que trata com lirismo as relações afetivas dentro do período de pandemia.
Após a exibição, haverá um bate papo descontraído com a dupla de realizadores.
O curtaSUZANOnaTELA exibibe todo mês filmes selecionados em edições anteriores do Curta Suzano, seguido de uma troca de ideias de suas/seus realizadoras/res com o público presente.
SINOPSE DO FILME
Mari e Thiago adiam a meses o fim de um relacionamento. Quando se vêem obrigados por uma pandemia a estar isolados e lidar com a solidão, acabam buscando abrigo nas mensagens de áudio um do outro.
BIOGRAFIAS
Aline Bispo é artista visual, ilustradora e curadora. Em suas produções investiga temáticas que cruzam a miscigenação brasileira, gênero, sincretismos religiosos e étnicos, partindo do seu lugar no mundo. Em sua interdisciplinaridade desenvolve trabalhos através de ilustrações, pinturas, gravuras, performance e mais recentemente tem se aventurado em audiovisual e fotografia. Faz parte do time de artistas com obras expostas e/ou presentes nos acervos MASP, IMS Paulista, SESC, Adelina Cultural e Galeria Luis Maluf.
Djacinto Santos é físico, educador e pesquisador de temas relacionados ao meio ambiente. É também realizador audiovisual, atuando como diretor e diretor de fotografia, transitando entre os campos do documentário e da ficção. Atualmente está dirigindo seu primeiro longa-metragem, o documentário "Rio Verdadeiro: memórias de vida do Tietê", filme que trata de aspectos históricos, socioambientais, da memória e da vida às margens do principal rio que atravessa o Estado de São Paulo.
FICHA TÉCNICA
Direção, Roteiro, Fotografia e Som: Djacinto Santos e Aline Bispo
Montagem e Edição: Djacinto Santos
Arte e identidade visual: Aline Bispo
#mostradeaudiovisual #CineDebate #altotiete #batepapo
17.6.22
10.6.22
9.6.22
Um textículo: "licença poética"
os helicópteros tomaram conta do meu bairro
os paralelepípedos também
agora, na praça aqui ao lado
tem uma uisqueria
bem ao lado da padaria
junto ao cartório, na avenida principal
inauguraram um novo consultório
de otorrinolaringologia
a camada asfáltica que cobre o rio
tem o nome de aqueduto
(parece uma tatuagem sobre a falsa cicatriz
de uma ferida não curada)
o céu que cobre tudo tudo encobre
com sua poeira encardida
parece um trapo, manto cinza - rio gasoso e putrefato -
desfilando sobre a terra ruiva
e rotos farrapos fuliginosos
os ratos tomaram conta do meu bairro
seus sinônimos também
os lepidópteros sumiram do meu bairro
outras famílias estão de mudança
meu deus, onde vamos parar
com tanto desenvolvimento?
6.6.22
Um textículo: "zero"
![]() |
Autorretrato de autoria desconhecida |
o poema do zero é o um
(um senhor problema)
se você acredita na falsa verdade
da liberdade e na falsa liberdade da
mentira
odisseia em construção
sendo desde o começo -
seja lá que finício for esse -
o centro das decisões
máquinas e seus núcleos
processadores de nanocérebros
reguladores de dízimos periódicos
irrigadores de dízimas de ódio
zero com um é beat
bem clichê dizer isso, mas
todo poema é um deus
3.6.22
Um textículo: "plectro"
diapasão
instrumento de refinar o som
melhorar o imelhorável: sons são sãos
na natureza, tudo permanece igual
menos o homem, esse animal passional
Um texticulozinho: "desmanche"
A cliente hoje cedo na loja:
- Não tá nada bem não, essa doença voltou.
- Voltou? Mas ela nunca foi embora.
- Pode ser, mas na minha família ela voltou. Levou minha mãe, minhas irmãs no Pernambuco, meu ex-concunhado em Mato Grosso e agora veio e pegou minha netinha de dois anos.
Então a gente percebe que em certas bifurcações da vida, não há palavra que possa transferir conforto. E o silêncio que nos acode também não ajuda.
2.6.22
1.6.22
Um texticulozinho: "persona 2"
pessoas mudam a gente
todo dia, mesmo depois
da nossa morte
da série haicaos