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20.6.22

Projeto curtaSUZANOnaTELA exibe filme de Itaquaquecetuba ganhador do prêmio de melhor som em 2021

 


Terça-feira, dia 21/6, a partir da 19h, tem exibição de um novo filme no circuito #curtaSUZANOnaTELA. 

Dessa vez é Quase Ilha, curtametragem de Aline Bispo e Djacinto Santos, ganhador do prêmio Melhor Som (Djacinto Santos), no Curta Suzano de 2021, representando a cidade de Itaquaquecetuba (SP). 

Quase Ilha é um filme muito atual, que trata com lirismo as relações afetivas dentro do período de pandemia. 

Após a exibição, haverá um bate papo descontraído com a dupla de realizadores.

O curtaSUZANOnaTELA exibibe todo mês filmes selecionados em edições anteriores do Curta Suzano, seguido de uma troca de ideias de suas/seus realizadoras/res com o público presente.


SINOPSE DO FILME

Mari e Thiago adiam a meses o fim de um relacionamento. Quando se vêem obrigados por uma pandemia a estar isolados e lidar com a solidão, acabam buscando abrigo nas mensagens de áudio um do outro.


BIOGRAFIAS

Aline Bispo é artista visual, ilustradora e curadora. Em suas produções investiga temáticas que cruzam a miscigenação brasileira, gênero, sincretismos religiosos e étnicos, partindo do seu lugar no mundo. Em sua interdisciplinaridade desenvolve trabalhos através de ilustrações, pinturas, gravuras, performance e mais recentemente tem se aventurado em audiovisual e fotografia. Faz parte do time de artistas com obras expostas e/ou presentes nos acervos MASP, IMS Paulista, SESC, Adelina Cultural e Galeria Luis Maluf.

Djacinto Santos é físico, educador e pesquisador de temas relacionados ao meio ambiente. É também realizador audiovisual, atuando como diretor e diretor de fotografia, transitando entre os campos do documentário e da ficção. Atualmente está dirigindo seu primeiro longa-metragem, o documentário "Rio Verdadeiro: memórias de vida do Tietê", filme que trata de aspectos históricos, socioambientais, da memória e da vida às margens do principal rio que atravessa o Estado de São Paulo.


FICHA TÉCNICA

Direção, Roteiro, Fotografia e Som: Djacinto Santos e Aline Bispo

Montagem e Edição: Djacinto Santos

Arte e identidade visual: Aline Bispo 


#mostradeaudiovisual #CineDebate #altotiete #batepapo

9.6.22

Um textículo: "licença poética"

 




os helicópteros tomaram conta do meu bairro

os paralelepípedos também

agora, na praça aqui ao lado

tem uma uisqueria

bem ao lado da padaria

junto ao cartório, na avenida principal

inauguraram um novo consultório

de otorrinolaringologia


a camada asfáltica que cobre o rio

tem o nome de aqueduto

(parece uma tatuagem sobre a falsa cicatriz

de uma ferida não curada)


o céu que cobre tudo tudo encobre

com sua poeira  encardida

parece um trapo, manto cinza  - rio gasoso e putrefato -

desfilando sobre a terra ruiva

e rotos farrapos fuliginosos


os ratos tomaram conta do meu bairro

seus sinônimos também


os lepidópteros sumiram do meu bairro

outras famílias estão de mudança


meu deus, onde vamos parar 

com tanto desenvolvimento?

6.6.22

Um textículo: "zero"

Autorretrato de autoria desconhecida

 

o poema do zero é o um

(um senhor problema)

se você acredita na falsa verdade

da liberdade e na falsa liberdade da

mentira

odisseia em construção

sendo desde o começo -

seja lá que finício for esse -

o centro das decisões

máquinas e seus núcleos

processadores  de nanocérebros

reguladores de dízimos periódicos

irrigadores de dízimas de ódio

zero com um é beat


bem clichê dizer isso, mas

todo poema é um deus


3.6.22

Um textículo: "plectro"


 

diapasão

instrumento de refinar o som


melhorar o imelhorável: sons são sãos


na natureza, tudo permanece igual

menos o homem, esse animal passional

Um texticulozinho: "desmanche"

 


A cliente hoje cedo na loja:

- Não tá nada bem não, essa doença voltou. 

- Voltou? Mas ela nunca foi embora.

- Pode ser, mas na minha família ela voltou. Levou minha mãe, minhas irmãs no Pernambuco, meu ex-concunhado em Mato Grosso e agora veio e pegou minha netinha de dois anos.

Então a gente percebe que em certas bifurcações da vida, não há palavra que possa transferir conforto. E o silêncio que nos acode também não ajuda.