Hoje é segunda. Dia nem ruim nem bom, apenas diferente. Síndrome de Garfield.
Venho de uma noite estranha: dois sonhos justapostos e incompletos e uma insônia cavalar, que me pegou das duas e meia até por volta das seis da manhã. Isso porque tinha que acordar às 6:30h. Como já previsto, perdi hora, compromisso, argumento e bônus. Tudo bem, parto pra outra; fica pra outra.
Queria entender esse negócio de insônia. Ela, que me é uma companheira constante, e tremendamente produtiva, às vezes me agride de uma maneira enviesada e, por que não dizer?, cruel. Pois noites insones normalmente rendem alguns bons poemas, que depois são desbastados com formão e dicionário à luz do dia. Também rendem ótimos filmes, sem interferência de filhos, mulher, testemunhas de jeová, brigas no videogame ou gritos de gol da casa vizinha. Outra coisa legal de noites de "olhos pregados" é a leitura tranquila de um bom livro ou um programa legal(mas não previsto) na tv. Mas hoje não foi assim.
Acordei suado, tentando juntar os remendos dos sonhos que tinha me levado a despertar. Não lembro, ou melhor, lembro-me sim, apenas que num deles(o primeiro?), eu e meu filho pegávamos três pipas sozinhos numa rua do bairro. Só isso, o resto caiu no limbo do esquecimento. Do outro sonho, lhufas; quero dizer zero, nada. O fato é que despertei e não mais dormi. Com um pouco de boa vontade de meus músculos, depois de uma hora e treze(contados!), resolvi levantar, fazendo um esforço insano para não acordar ninguém. Consegui! Fui pra sala. Na televisão, necas de pitibiriba. A tv paga se assemelha à qualquer outro canal aberto em alguns momentos, principalmente na madrugada; seus programas, quando não são reprise enfadonha, são "focados", pontuais; devotados a uma faixa restrita de público.
Sem contar a alopração dos evangélicos que invadiram os canais abertos e "roubaram" mais de 50% da programação dos canais abertos, a partir das 9 da noite.
A cultura televisiva, que era algo que os "crentes" discutiam muito, se era perniciosa ou não, isso há não
mais que uns 25 anos atrás, hoje é obliquamente monoteísta. Quando eu resolver fazer um programa voltado para os ateus, como é que vou ser recebido? A pedradas? Como se sentem os espíritas, os budistas, o pessoal do candomblé nessa história?
Restou-me o consolo de jogar Playstation sozinho, com medo que meus filhos acordassem e dessem um flagra no papai, ali, escondido. Pior que isso, só quando me levantei do sofá, com fome, e assaltei o iogurte na geladeira.
Venho de uma noite estranha: dois sonhos justapostos e incompletos e uma insônia cavalar, que me pegou das duas e meia até por volta das seis da manhã. Isso porque tinha que acordar às 6:30h. Como já previsto, perdi hora, compromisso, argumento e bônus. Tudo bem, parto pra outra; fica pra outra.
Queria entender esse negócio de insônia. Ela, que me é uma companheira constante, e tremendamente produtiva, às vezes me agride de uma maneira enviesada e, por que não dizer?, cruel. Pois noites insones normalmente rendem alguns bons poemas, que depois são desbastados com formão e dicionário à luz do dia. Também rendem ótimos filmes, sem interferência de filhos, mulher, testemunhas de jeová, brigas no videogame ou gritos de gol da casa vizinha. Outra coisa legal de noites de "olhos pregados" é a leitura tranquila de um bom livro ou um programa legal(mas não previsto) na tv. Mas hoje não foi assim.
Acordei suado, tentando juntar os remendos dos sonhos que tinha me levado a despertar. Não lembro, ou melhor, lembro-me sim, apenas que num deles(o primeiro?), eu e meu filho pegávamos três pipas sozinhos numa rua do bairro. Só isso, o resto caiu no limbo do esquecimento. Do outro sonho, lhufas; quero dizer zero, nada. O fato é que despertei e não mais dormi. Com um pouco de boa vontade de meus músculos, depois de uma hora e treze(contados!), resolvi levantar, fazendo um esforço insano para não acordar ninguém. Consegui! Fui pra sala. Na televisão, necas de pitibiriba. A tv paga se assemelha à qualquer outro canal aberto em alguns momentos, principalmente na madrugada; seus programas, quando não são reprise enfadonha, são "focados", pontuais; devotados a uma faixa restrita de público.
Sem contar a alopração dos evangélicos que invadiram os canais abertos e "roubaram" mais de 50% da programação dos canais abertos, a partir das 9 da noite.
A cultura televisiva, que era algo que os "crentes" discutiam muito, se era perniciosa ou não, isso há não
mais que uns 25 anos atrás, hoje é obliquamente monoteísta. Quando eu resolver fazer um programa voltado para os ateus, como é que vou ser recebido? A pedradas? Como se sentem os espíritas, os budistas, o pessoal do candomblé nessa história?
Restou-me o consolo de jogar Playstation sozinho, com medo que meus filhos acordassem e dessem um flagra no papai, ali, escondido. Pior que isso, só quando me levantei do sofá, com fome, e assaltei o iogurte na geladeira.
Um comentário:
Achei lindo o sonho - o primeiro, claro! O jeito é se divertir, escrever! E, no fundo que acabou sendo figura também, essas coisas todas que você nos lançou como num curta super dinâmico, (porque insône?). Abração!
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