Sacramento foi uma experiência única e enriquecedora. A cidadezinha mineira que faz fronteira com São Paulo, bem ali, ó... entre Franca e Uberaba, deu-me a oportunidade de recarregar todas as baterias.
Sim, pois se por um lado o clima campestre e bucólico dão aquela gostosa leseira corporal, o tom do Invernada, projeto do 3º Festival de Inverno do Parque Náutico Jaguara, serviu para abastecer a todos com o que está acontecendo com o mundo da independência cultural, propiciadas a partir do advento das novas tecnologias digitais.
A organização do evento, iniciado em maio e finalizado em 25 e 26 de junho, teve na figura simpática do fotógrafo Ernani Baraldi como produtor. Conciliar diversos elementos que contemplem múltiplas linguagens artísticas, alinhavados à proposta de discutir o mundo sob a perspectiva da cultura digital, que é a base de construção do séc. 21 (tal como preconizou Claudio Prado, um dos convidados especiais para a mesa-redonda da manhã do dia 25), era o mote do encontro. Foi o que aconteceu.
Essa experiência como prática foi extensamente discutida em outra mesa (dia 26), que apresentava a discussão pelo âmbito dos coletivos que se somam ao Circuito Fora do Eixo. O FDE, como é sumariamente conhecido, tornou-se ícone dessa nova liberdade fora do sistema industrial. Tendo como mediador o jornalista e produtor Alex Antunes (ex-editor das revistas Bizz e Set, atual colaborador da Rolling Stone), o que ouviu-se à mesa é que a geração pós-rancor (de novo, conforme palavras de Prado), entendeu que era preciso arregaçar as mangas e dominar a máquina (internet) antes que ela nos domasse por intermédio da apropriação capitalista. Os 10 anos de cochilo do empresariado em geral custou-lhes caro, pois hoje percebe-se que não é mais possível tornar-se dono das infovias, no máximo de seus atalhos.
Shows musicais, oficina de stop-motion, clowns, malabarismos, varais poéticos, exposições de artes visuais, instalações, tudo concorreu para deixar marcas profundas nos presentes, fora, claro, a imagem do paradisíaco lugar que fincou-se na memória e agora exige que eu leve meu corpo de volta pra lá todo fds.
(Ernani, abrindo a discussão no sábado pela manhã)
(Dr. Ivan, produtor executivo do evento, agradecendo aos presentes, no domingo à tarde)
(Visão edênica do parque)
(Claudio Prado, ex-coordenador de cultura digital do Ministério da Cultura (2004-2008), discursando)
(Exposição de fotopoemas de Escobar Franelas)
(Mesa que discutiu os rumos e perspectivas do Circuito Fora do Eixo)
(Associação Livre Invisível, banda de rock de Sampalândia)
(Instalação feita com garrafas pet. Ao fundo, exposição de grafites)
Um comentário:
Fiquei curioso com os seus fotopoemas!
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