quando poetas debruçam sobre a palavra
acredito
estão meditando
pois é a flor
ação da cor
que nos impele a recobrir o organismo vivo
poetas vão ao ringue de lutas
esbofetear letras
à mesa de cirurgia fracionar sílabas
em laboratórios praticar mediunidades
crianças com lego
quando se debruçam sobre a palavra
creio
estão mendigando
pois não é
uma víscera exposta
a magia sem segredos
o conto sem mistérios
e crianças sem imaginação
que decretarão a sobrevida do organismo
a morte é o poema vital
não o amor
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