queimaram o rio
inundaram o rio
perderam o domínio do rio
e de toda a água que há
esse vazio da falta de ar
maior que tudo
que o urro gigante
que jorra e forma
o mar
mar caudaloso
mar maior que cio
mar de escunas, de grelo à mostra
para o astro-rei, para o céu
mar de crista espumante
das duras ondas que tombam
e rompem e rumam, retomam e
reformulam o cio das águas
que minam na terra seca
e molham as nuvens soltas
e ovulam e orvalham e inflamam
na lírica convulsão de magmas
agora adormecidas
no fundo da derme do lago
dentro do vulcão
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