Pesquisar este blog

25.4.24

Diário de bordo 1

 Faz mais ou menos um ano e meio que penso em iniciar um diário mas, venho adiando isso por dois motivos: falta de tempo (ou talvez preguiça seja a palavra mais adequada) e outro motivo decorrente deste anterior, comprar um caderno e iniciar a escrita.  

Dois outros motivos, contudo, me motivam a pensar em escrever esse diário: a vontade de escrever o mais simples possível e sobre as coisas mais comezinhas.

Nesse embate, os opostos se atraem. E se distraem. Iniciei agora e nem sei se chego ao próximo. Só vou saber se começar. Então, mãos à obra, ops, ao teclado.

Cheguei há pouco da Comunidade do Conto, desconfio que o motivo para ter pensado nesse diário enquanto tomava banho e constatava que a dermatite que ameaçava brotar no meu colo há bons 6, 12 ou 19 meses - não sei bem, mas sei que foi há muito tempo que a notei - hoje deu as caras e sangroupela primeira vez. Acho que tá na hora de marcar médico de novo pra ela, pois o shampoo caro que ele mandou fazer (não entendi bem porque ele mandou fazer a fórmula de shampoo e ainda por cima anticaspa), parece que não deu certo. A CC é, como gosto de repetir como um chavão, uma universidade, um doutorado sobre as relações humanas, cujo mote vem pelo desejo de escrever contos. E, se possível, bem.  Relacionar-se já é difícil, imagina fabular em cima de um enredo que tenha que ser tempatico. E curto. E bom. Mas, se não tentar, como alcançar? 

Outro fato relevante é que A foi até Suzano e voltou comigo. Horas de trocas de ideia. E conversar com ele é sempre um desafio, pois o cara gosta de fazer perguntas senão capciosas, ao menos curiosas, ainda que entenda o seu desespero em tentar pensar que somos um grupo "diferenciado", uma elite intelectualoide  que acha que está fazendo a diferença por ler e escrever numa região cujo maior trofeu são as pessoas que levam a Bíblia encardida debaixo do sovaco, sem nunca lê-la. Até porque se a lessem, não a citariam com tanto empenho. Aliás, arrisco dizer que se a lessem, a quantidade de ateus no mundo quintuplicaria em pouco tempo. Me irrito um pouco quando ele tenta caprichar demais no português, o que sempre me parece um hedonismo desnecessário para um cara que vive e dialoga na periferia de um país periférico.

Hoje lemos os textos que criamos baseados na vida e obra de Lima Barreto. Meu texto Lima Vs. Lobato, parece que agradou o pessoal, com alguns elogios e uns poucos senões. Tinha outros muito bons, em especial do S, da R e do E. O prazer maior, contudo, é trocar ideias com esse povo que gosto de ficar junto. Engraçdo que quase não fui, pois R se feriu hoje, uma panela de água quente virou sobre sua barriga e por sorte a gente tinha remédios para primeiros socorros em casa. Ajudou também que R veio buscar Y e I na escola e R chegou logo em seguida, ajudando a cuidar dela. 

 Antes disso, passei a manhã trabalhando na leitura dos poemas do B pra confeccionar um prefácio que tente ao menos ser honesto. Mas desconfio que o assustei, pois enfileirei uns 50 erros de digitação e afins que encontrei no seu arquivo. Ele me agradeceu pela atenção mas desconfio que deve ter me achado muito professoral e invasivo mas, se não fizer isso, vai sair um livro de poesias com muitos erros. Livro d epoesia ninguém lê. Se for escrito por um poeta desconhecido, menos gente vai ler. E se tiver erros, vai virar combuistível de fogueira. Melhor cuidar para que  sua existência nãos eja sua condenação. Envie conto para um concurso baseado em músicas. escrevi um sobre a música Psiu, da Liniker, que gosto muito, mas desconfio que o texto não ficou bom. Veremos...

Cedinho, me irritei com Y e quase dei um tapa nele dentro doc arro, na hora de deixar na creche. Me contive a tempo e depois fiquei remoendo por horas porque ando tão impaciente. 

Acho que preciso dormir mais e melhor. Acho que pra dormir mais e melhor, despejar antes um monte de letras num blogue que ninguém lê talvez ajude. Com a palavra, o senhor Sigmund Jung. Boa noite.


(Estes textos sairão sempre sem revisão. Ser for fazer esse servicinho extra, começo a burilar no negócio e aí o que era pra ser um despejo vira uma luta enfadonha que nucna termina bem... me conheço)


Boa noite.

Nenhum comentário: