6.5.20
Depoimento para Folhetim Brasil-Poesia, da Assis Editora (Uberlândia, MG)
BP. Quem é você?
Escobar Franelas. Escritor e cineasta, autor de cinco livros. Também escrevo em jornais, revistas e portais. Participei de antologias de poesias, contos e crônicas. Ministro oficinas de educomunicação, história e produção audiovisual. Faço parte dos coletivos A Casa Amarela - Espaço Cultural, Lentes Periféricas (de produção audiovisual) e Curta Suzano.
BP. Como você vê a poesia brasileira?
Ótima. Tenho lido poetas que nada ficam devendo aos cânones, como Dalila Teles Veras, Akira Yamasaki, Elisa Lucinda, Carlos Moreira e Adriane Garcia. Nos saraus, rodas literárias e slams que frequento, encontro uma poesia heterodoxa, pujante e inovadora. A lamentar apenas o fato de que o mainstream das editoras não assimila essa robustez, coisa que as editoras menores têm cumprido com destreza.
BP. Como foi seu encontro com a poesia?
Desde a infância leio bastante. Lembro que Martim Cererê, do Cassiano Ricardo, me cativou muito. Mas antes da poesia, os contos e lendas já tinham me seduzido e lia tudo que me chegava às mãos. Destaco “Heidi”, “Tistu - O Menino do Dedo Verde”, “O Pequeno Príncipe”, toda a obra de Monteiro Lobato, a coleção Vagalume e a série “A Inspetora”. Li isso e outras coisas bacanas entre a infância e a adolescência.
BP. Fale de seus livros/ poemas publicados?
“hardrockcorenroll” (poesia, 1998), “Antes de Evanescer” romance, 2011), “Itaquera - Uma Breve Introdução” (história, 2014), “haicaos - feridas, fragmentos e fraturas poéticas” (poesia, 2018) e Premiado (romance, 2019). Este último foi selecionado para o Prêmio Oceanos 2020, cujo resultado sairá no segundo semestre.
BP. Já foi premiado pela sua poesia? Qual foi o maior reconhecimento cultural que sua poesia já recebeu?
Sim, alguns. O primeiro (Arte nas Cohabs), em 1998, foi providencial. Organizado pela prefeitura de São Paulo, abriu as portas para que o meu primeiro livro fosse publicado.
BP. Como você gostaria que fosse a poesia, no Brasil?
Melhor distribuída para ser mais lida e apreciada.
BP. Qual é o escritor e respectivo livro, que foi sua base poética?
Li muita coisa na infância, e uma das lembranças que
guardo é de uma coletânea com poemas esparsos de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Vinícius de Moraes. O pluralismo de estilos ali, aliado à riqueza de imagens e ritmos, permitiram as comparações inevitáveis e me fizeram perceber as diferenças entre eles e eleger ali os meus preferidos.
EXPEDIENTE:
Folhetim Brasil Poesias
Produção: Assis Editora.
Coordenação: Ivone de Assis
Link original: https://assiseditora.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Brasil-Poesia-14-03052020.pdf
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