Escobar Franelas está morto. E fui eu que o matei.
Caído no asfalto, um filete de sangue escorre a partir de suas costas, cria uma pequena poça em volta do pescoço e escorre enfim para a sarjeta. O guarda-chuva ainda está cravado na garganta, junto ao pomo-de-adão. Seus olhos nada veem, um deles também perfurado pela ponta do guarda-chuva e o outro enegrecido pelo sangue endurecido que crestou todo o seu rosto. Sua mão estendida para o alto indica uma tentativa de dialogar no momento culminante da morte. O que ele queria? Conversar? Convencer? Fugir? Proteger-se? Nada disso foi possível. A minha ira foi terrível e sequer me lembro do que pensei naqueles momentos em que culminei todos os meus atos, minha revolta, vingança, dor e ódio. Escobar Franelas, definitivamente, está morto. E eu não me arrependo. De nada.
Serve mais um cafezinho? Faz favor... Obrigado!
Me dá um cigarro? Tá um pouco frio aqui. Obrigado.
Foi assim...
Meu nome? Meu nome é Oponente. Claro! Sim senhor. Entendi, tá certo sim senhor. Meu nome é outro, Oponente é só nome artístico. Sim, sim, entendi. Meu nome é Jr.
Posso ir embora?
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