Desde que nascera, sua vida era uma festa. Acostumou-se desde cedo com tintins, champanhes, abraços e desperdícios.
Maior, quase grandinho, as coisas tomaram outro rumo, o dinheiro flutuava de seu bolso, amigos começaram a escassear, dores já cobrando umas duras taxas e ele então caminhou para o ocaso.
Por fim, bem quando iniciou o muro das lamentações "no meu tempo", "na minha idade", "isso aqui era bem diferente", um bom ancião, o Alzheimer, o sequestrou com um abraço rígido. E ele nunca mais reclamou.
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