Ela, toda acabrunhada, fechada na ostra de sua timidez, sorria meio amarelo-alaranjado, enquanto ouvia os gestos e bebia as palavras dele.
Ele, todo linguagem, corpo loquaz, boca irrefreável, os olhos espraiando-se hiperbolicamente, mãos, pernas, ombros, tudo em vermelha e inflamada dedicação de conquista da ilha paradisíaca.
Viveram todos os matizes para compor o acrilic on canvas daquele momento eterno, na pracinha ali perto: o carmim da sedução, o azul dos argumentos, o rosa da distração, o branco da indefinição, o marrom da veemência, o ciano da recusa, o cinza, o escarlate, o negro do "não, hoje não!".
E a praça reduziu-se numa tela de tragédia.
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