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3.2.18

Um textículo: "JLB"


A cidade de Yia era a única da região que tinha um biblioteca, mantida por um estranho cavalheiro de pele rija, tez achocolatada e vasta cabeleira lisa. Ele dizia que  sua família descendia de bugres. Nada podia ser confirmado, já que ninguém os conhecia. "Os vivos estão todos no Paraguai", dizia, e encerrava a conversa.
Quando faleceu, uma morte súbita e estúpida, atropelado por uma bicicleta, entre seus pertences foram encontrados alguns livros antigos de alquimia, um mapa antigo rasgado com um indicação de um tesouro escondido e uma quantia razoável em dinheiro, guardado num baú. E uma carta puída e sem data, escrita por um certo Jorge Luís Borges.
O investigador, leitor ávido de Agatha Christie, separou para si uma parte do dinheiro e o mapa incompleto. Preencheu a declaração com o valor restante, os livros e outros bens  espalhados pela casa. A carta ele achou que era um documento desnecessário para a investigação, amassou e jogou no saco com o lixo.

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