6.12.20
29.10.20
19.10.20
17.10.20
1.10.20
19.9.20
Um textículo: "interprestação de texto"
sob protestos, a última peça
fez promessas no cartaz:
vou folder vocês!
da série haicaos
#interprestacaodetexto #haiaos #texticulo
17.9.20
Um textículo: "fim de tarde"
Enquanto o dia cerra as cortinas para o início de um novo ato, ele rouba um beijo dela. E ela entrega.
#textículo #fimdetarde #sampalandia
16.9.20
9.9.20
7.9.20
6.9.20
Um textículo: "Mais ode menos ódio"
Mesmo esmagada pela planta dos pés, a planta sobreviveu. Hoje dá o ar da sua graça, baila no ar, é fumaça.
#maisodemenosodio #texticulos #itaguases
5.9.20
4.9.20
parafraseando paulo d áuria que parafraseou paulo de tarso
se deus é por nós
quem será contra os laços?
quem nos separará do amor
dos abraços, dos embaraços?
em todas estas coisas somos
amantes amados
mais do que vencedores daquele
que nos amou
3.9.20
Uma pergunta (quem sabe?) necessária
Quando me descubro olhando meus olhos através dos teus, estou amando quem?
2.9.20
haiquase - 122
a capacidade de sonhar
reaprender e imaginar
me faz um deus
#haiquase #poeminha #poemeto
1.9.20
Um texticulozinho: "trocado"
Vim, vi, venci.
A medalha da vitória, vendi.
#trocado #terxticulozinho #continho
31.8.20
Um textículo: "passado de presente"
Tinha gosto, cheiro e aparência de coisas antigas, vindas de outros carnavais. As mesmas manias dos pais, avós, tios, padrinhos e outros tais. Trazia no rosto as marcas de um tempo passado, por isso tão presente: os perfis nas redes sociais.
Ela fez que fez, costurou, remendou, alterou, deletou. Mas nada do texto ficar legal. Nada que desse ao leitor um frescor de coisa inédita. Dividida, atônita e salivada de raiva, primeiro jogou na lixeira, depois restaurou e publicou. Que se dane... que se danem!
#passadodepresente #texticulo #miniconto
Um textículo: "o grito calado"
A palavra ardia-se em desejos naquele lago lúgubre, queria ser proferida. Raios neurônicos relampejavam em volta mas não a envolviam. Aquele emaranhado de fios - insensíveis! - não a contemplavam.
Estariam ressabiados com sua pequenez? Seu minimalismo incendiário a condenava? Ela simbolizava o mal, era isso?
Até que uma convulsão externa alterou a temperatura. A palavra foi convocada às pressas:
- Cu, vem cá. Fica aqui que você já já vai sair boca afora. "tomar" já está aqui, beleza. "no" também. Agora, gente, alguém viu o "Vai"? ele tinha que ser o primeiro da fila.
#ogritocalado #texticulo #conticulos
30.8.20
Um textículo: "temporal"
Os cabelos estão pintados de chumbo.
A voz (de quem, de deus?) ecoa inaudível.
O fogo-fátuo dos olhos destila seu veneno ruidoso sobre a cabeleira inquieta da árvore.
Chove forte.
#texticulo #temporal #nanoconto
29.8.20
Um textículo: "espelho de madeira"
Então essa tarde se debruça sobre minha mesa, e fica aqui, brilhando sob meu olhar fosco.
O que guardarei dela, senão essa memória de luzes, essa dança das cortinas?
#texticulo #espelhodemadeira #prosapoetica
28.8.20
Um texticulo: "adolescendo"
Fui orientado por essa cabeça a não ceder em momento algum. Acreditei nela.
Com o tempo, percebi que essa mesma cabeça às vezes se permitia vacilar e duvidar. Estaria ela a me trair? Ou eu estaria pensando demais?
Com outros tempos chegando, percebi que a cabeça manda, o corpo obedece. Uma rebeldia sutil insinua-se.
Com esses novos-novíssimos tempos, a cabeça dita, o corpo se faz de surdo. Passei a acreditar nisso.
Um textículo: "sampalândia"
Sampalândia é meu playground favorito, ainda que único, ainda que sujo, ainda que específico, ainda que com tantas outras coisas barreirísticas.
Sampalândia é um vale, um planalto, uma montanha. É um sonho, uma fantasia, uma utopia. Sampalândia é a Dublin de Joyce, o Sertão de Rosa, a Pasárgada de Bandeira.
Sampalândia é uma e são tantas. É terra de ninguém, e é continente. Como meu coração.
#cronicazica #textículo #sampalandia
27.8.20
Um textículo: "história de ós"
Meu coração pobre de lata, sem saber a quem amar, apaixonou-se por uma coraçoa.
Até hoje não trincou de saudade, não rasgou de ciúme, tampouco riscou-se na proteção bruta de seu objeto-sujeito de desejo.
Simples assim, vai oxidando-se no vento, no frio, na poeira, no sol e chuva, no tempo.
Um textículo: "pequenos prazeres"
Ouvindo uma voz jovial:
- Eu conheço.
- Eu também.
- Não seria o...?
- Não, besta, é o...
- Não, não não não! É aquele, sabe? Aquele que...
Ficaram todos-todas blablablazando que quase acabei esquecendo que só ia comentar o prazer de ouvir uma bela voz cantando uma música inspirada numa manhã de sorriso outonal.
Só isso.
22.8.20
Um textículo: "às turras"
Saí do espelho.
Ele, triste pelo fim da história, pranteou no chão, em sete estilhaços, sete partes de mim, umas esfregando a cara no chão, outras refletindo o olhar da lâmpada.
Juntar os cacos não dá mais.
Agora são sete eus, personagens afins, com outros meios e outros fins. Outras iniciações.
Separar os cacos, só com outros ais.
#textículo #asturras #sampalandia #contocurto
21.8.20
Um textículo: "asas para cair"
Vim direto pra casa, depois do susto de acordar no meio do cemitério, sem comida, casa ou alguma lembrança.
Fazia frio, e alguns terrêneos enxotaram-me com pedras e paus, até que passei o portão, virei a esquina e descobri comprazido que tinha voltado à porta do lar.
Então me dei conta de que não tinha mais dona, essa tinha morrido.
Minha herança era a liberdade da rua, nua e crua como um osso exposto.
Esse o grande dilema de cães crescidos com ração.
#asasparacair #microcontos #contículos #textículos #sampalandia
20.8.20
Um textículo: "superenredo"
Chove veementemente.
Amanhã não pude ir embora, pois já estava tarde. Tinha que levantar cedo anteontem.
Mas hoje estou bem, sem febre ou dor, apenas essas marcas pelo corpo.
Lembro que ontem eu iria de qualquer jeito, certo está, pois depois de amanhã vence o prazo.
O sol saiu, apesar do calor invernal.
Outrossim, peço licença, perdão e deferimento.
#microcontos #textículos #superenredo #blogando
19.8.20
Um textículo: "noir"
Ela, toda acabrunhada, fechada na ostra de sua timidez, sorria meio amarelo-alaranjado, enquanto ouvia os gestos e bebia as palavras dele.
Ele, todo linguagem, corpo loquaz, boca irrefreável, os olhos espraiando-se hiperbolicamente, mãos, pernas, ombros, tudo em vermelha e inflamada dedicação de conquista da ilha paradisíaca.
Viveram todos os matizes para compor o acrilic on canvas daquele momento eterno, na pracinha ali perto: o carmim da sedução, o azul dos argumentos, o rosa da distração, o branco da indefinição, o marrom da veemência, o ciano da recusa, o cinza, o escarlate, o negro do "não, hoje não!".
E a praça reduziu-se numa tela de tragédia.
#contocurto #texticulo #noir# #microconto
18.8.20
Um textículo: "aniversários"
Desde que nascera, sua vida era uma festa. Acostumou-se desde cedo com tintins, champanhes, abraços e desperdícios.
Maior, quase grandinho, as coisas tomaram outro rumo, o dinheiro flutuava de seu bolso, amigos começaram a escassear, dores já cobrando umas duras taxas e ele então caminhou para o ocaso.
Por fim, bem quando iniciou o muro das lamentações "no meu tempo", "na minha idade", "isso aqui era bem diferente", um bom ancião, o Alzheimer, o sequestrou com um abraço rígido. E ele nunca mais reclamou.
#contoscronicos #sampalandia #microcontos #escobarfranelas
17.8.20
Um textículo: "poiésis"
Eu estava em casa, tranquilo, aboletado num cantinho do sofá, curtindo a música macia da voz de meu caçula, a sapecagem do outro, um ventinho ameno de início de noite, o peixe no aquário, a presença sempre serena da musa, o ladrar sempre impaciente do cachorro, o alarido das crianças vizinhas, o meu time a perder, Ney a depositar filigranas de prazer ultrassensorial em meus ouvidos, o bolo de chocolate, o café inundando desde a cozinha, Kurosawa a infestar-me de cor e sensibilidade, quando...
...um poema surgiu em mim.
E foi-se-me embora o sossego!
#vseu #texticulo #poiesis #miniconto #sampalandia
16.8.20
Um textículo: "resumo da ópera"
"- Então eles se casaram. Viveram sempre juntos."
Fechei o livro, era bem tarde. Só então percebi que ele dormira. Sua respiração era profunda, lenta e desigual.
Levantei-me, arrumei sua manta, ameacei sair. Foi quando ele abriu os olhos, sondou o ambiente, e sorriu-me, zonzo de sono, com o rosto afogueado:
- Mas tio, eles não foram felizes?
- Ah, essa é outra história...
- E você conta amanhã?
#textículo "resumodaopera #contocurto #sampalandia #conto
15.8.20
Um textículo: "eclipse amarelo"
A noite o flagrou com a mão no bolso, distraído em sua timidez. A sinfonia do encontro estendeu-se por belas e breves horas. Quem o viu acordar, afirmou que sorria - dentes arreganhados - amanhecendo-se sem vergonha.
14.8.20
Um textículo: "antiontem"
A dúvida que me aflige agora é, dois pontos, abre aspas, se me debruçar sobre os fatos ocorridos no ontem de ontem, fatos esses novos e contrários ao dia anterior, estarei confrontando o "ontem" de ontem, ou apenas usando a nomenclatura verbal para antagonizar um dia ao outro? O correto é antontem (na delícia de língua de minha avó baiana), anteontem (na formalidade paulistânica de meus pais), antes de ontem (quase um ultraje de tão formal), ant-ont (na conversa garota e marota de meus pares na idade adolescente) ou - como o título deste textículo sugere - antiontem?
Fecha aspas.
13.8.20
Um textículo: "inspiração vs. transpiração"
Inspiração ou transpiração? Esse o velho "quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?" da gênese da arte.
Enquanto transpiro depois de ter me inspirado a escrever sobre o tema, minto, omito, transmito impressões, mas não chego ao MMC ou MDC a que me propus.
Quando me inspiro, fico com preguiça de suar.
Quando estou disposto a molhar a camisa, é a inspiração que deixa-me a ver navios.
Quando, nas pouquíssimas vezes em que estive sob o manto dessas duas sacralidades, cometi uns poucos êxtases acertados.
12.8.20
Textículos: dez cuidados
Combinaram de escrever com quatro mãos, um textículo que, reconheçamos, não valia meio cérebro.
Um autor reconhecido pelo seu talento, em crise, percebe que está lento.
Entre ele e eu, textos ex-vazios.
Mais? Só quando a transpiração sair a passear com a inspiração, de novo.
Entre ele e nós, dez cursos (só discursos).
Cloaca, termos novos para velhas melecas.
Sétimo texto, trecho de acomodação intelectual (mas que o autor chama de crise de abstinência).
Colhi um flor de sol para iluminar seu coração-jardim: aceite-a.
Entre ela e eu, um carinhoso nó une nós.
Silêncio não é zero.
11.8.20
Um textículo: "ortodoxo"
No alto do morro, medi um palmo abaixo e três dedos à esquerda. Ali ergui minha igreja. Lugar de adoração.
Na verdade ela já existia desde o início de meus tempos.
10.8.20
Um textículo: "a caçadora"
Era uma vez uma linda garotinha de gorro vermelho que comeu a vovozinha que matara um lobo que tinha traçado um caçador.
Morreu de indigestão, não sabemos se pela refeição ou pelas sobremesas.
9.8.20
Um textículo: "um spa para a sala"
Havia muita coisa dentro da sala.
Muito pouca coisa se aproveitava naquela sala.
Pouca coisa foi doada tempos depois.
Hoje um jogo de muita sombra e pouca luz relata que tem uma sala obesa, estriada, cansada e relaxada naquela casa.
8.8.20
Um textículo: "à sombra da samambaia"
Entrou.
Estava afoita, sequer virou-se para me cumprimentar. Jogou o corpo contra a cadeira, que até gemeu, mas resistiu. Fiz sombra, nuvens desfilavam ao sol. Levantou-se. Partiu de novo. Contra todos.
Saiu.
Fiquei para cuidar de sua memória.
7.8.20
Um textículo: "sobre o que nos diviniza"
Você gosta de carne crua? - balançou os quadris e abaixou-se. Sorria com desenvoltura.
Como? - meu rosto queimava.
Você prefere crua?... Ou cozida? - gargalhou, o rosto expandindo-se maroto e solto.
Tentei rir também. Nada. Ela impacientou-se com discrição, abriu a porta e entrou no carro. Bafejou nas mãos.
Está uma friaca danada lá fora, sabia? - engraçado como ela continuava sorrindo ao falar. - Então?...
Então... O quê? - gaguejei.
Então... - ela também ficou perdida mas recompôs-se rapidamente. - Então, o que vamos fazer, benzinho?
Pela primeira vez, não gostei de estar ali. Perdi a timidez.
Desculpa, é minha primeira vez assim... Aqui... Não sei bem o que fazer. - sorri, buscando aquiescência. Ela não retribuiu. - Entende?
É, acho que entendo. - ela pareceu-me desanimada. Olhou para longe, os olhos escuros palpitando o silêncio. Já não sorria mais, mas o desenho da boca era o mesmo, bonito.
Entrevei-me na timidez, tudo de novo! Cerrei as mãos, impaciente, odiando estar ali. Ela socorreu-me numa nova tentativa:
Já sei o que você vai fazer. Vai me deixar aqui, numa boa, pegar o carro, dar uma volta no quarteirão. Se sentir confiança, você volta, nem que for só pra gente tomar um drinque. Somos excelentes psicólogas, sabia? - sorriu, esfregando sua gentileza na minha cara.
Pensei “isso é uma tremenda de uma insensatez”, balançando a cabeça que sim.
Tá certo. - disse sem certeza e sem sutileza.
Ela desceu do carro. Como eu não saía do lugar, exasperou-se:
Vamos, meu bem, se você tiver afim, vai voltar. Mas, anda, vai!...
Saí, quase cantando pneus. E nunca mais voltei.
Melhor, quando voltei, dois minutos depois, ela não estava mais lá.
6.8.20
Um textículo: desentrevista
5.8.20
Sobre a morte de Escobar Franelas
4.8.20
Clubes brasileiros de futebol (time 6)
Bar do Nilton – Futebol Clube
Escalação: 1) Dartanhã, 2) Visual, 3) Liminha, 4) Cósmão, 5) Punkinho, 6) Boi, 7) Cadelo, 8) Capeto, 9) Cabidela, 10) Da Hora, 11) Maluquinho.
Reservas: 12) Lôco, 13) Leco, 14) Branco, 15) Pirombeta, 16) Frei.
Técnico: Bangu
3.8.20
Clubes brasileiros de futebol (time 5)
Kabra Maxu Futebol Clube
Escalação: 1) Charles Bronson, 2) Mussum, 3) Maguila, 4) Raul Seixas, 5) BA, 6) Édy Murf, 7) John Lennon, 8) Magáiver, 9) Rita Lee, 10) Magnum, 11) Tim Maia
Reservas: 12) Sílvio Santos, 13) Hommer Simpson, 14) Menudo, 15) Bob Marley, 16) Gil Gomes
Técnico: Amado Batista
2.8.20
Clubes brasileiros de futebol (time 4)
Grêmio Esportivo Tremor de Terra – Futebol e Rap
Escalação: 1) Tranca-Rua, 2) Pagapau, 3) Tijuco Preto, 4) Seu Santo, 5) Japa do Pastel, 6) Cata-Piolho, 7) Pé Inchado, 8) 171, 9) Seu Jura, 10) Mané Português, 11) Pai-Véio.
Reservas: 12) Arroz-de-Festa, 13) Zé Pilintra, 14) Natimorto, 15) Zé Peixeiro, 16) Ju da Farmácia.
Técnico: Micose
1.8.20
Clubes brasileiros de futebol (time 3)
Equipinga – Futebol Alegria e Samba – Vila Dindinha
Escalação: 1) Aranha, 2) Xavasca, 3) Besta, 4) Biscate, 5) Biscoito, 6) Pé-Rapado, 7) Destino, 8) Pipiu, 9) Pirulito, 10) Picolé, 11) Presunto.
Reservas: 12) Pomada, 13) Buça, 14) Mortadela, 15) Perfume, 16) Quá-quá.
Técnico: Desidéia
31.7.20
Clubes brasileiros de futebol (time 2)
30.7.20
Clubes brasileiros de futebol (time 1)
Escalação: 1) Tição, 2) Digão, 3) Pirão, 4) Furgão, 5) Pagão, 6) Babão, 7) Bolão 8) Zelão, 9) Dão, 10) Zóião, 11) Mição.
Reservas: 12) Cézão, 13) Turcão, 14) Lalão, 15) Mijão, 16) Mortão.
Técnico: Mechinha
29.7.20
Um textículo: "o pai da criança"
- Eu inventei Nietzsche, eu fiz o Super-Homem, eu criei Jesus Cristo.
E olhava a platéia com as vistas atentas. Encarou-me. O sol regurgitava seu calor no público inquieto e risonho. Dirigiu-se para mim. Senti o rosto formigar:
- E você aí, o que é que inventou?
Menti:
- Inventei o Escobar Franelas.
Olhou-me primeiro estupefato, a seguir conciliador. Dirigiu-se à praça:
- Esse aqui, ó - e apontou-me com o dedo - é o inventor da mentira. Deus, na Sua infinita misericórdia, criou a mim; Miguel de Cervantes deu asas à fantasia; Karl Marx pensou a luta de classes. E esse anônimo ali, ó - e olhou-me novamente, com cara de piedade - esse zé-ninguém, aquele ali, ó; é o pai da pior mentira.
Deu três passos em minha direção. A platéia entre jocosa e curiosa o acompanhava. O sol seco refletia em seu rosto suado e sereno. Firmou o olhar contra o meu e asseverou:
- Meu querido amigo, quem criou o Escobar Franelas fui eu.
28.7.20
26.7.20
Um textículo: "a mesma outra beleza"
25.7.20
Um textículo: "diálogos inesquecíveis e outras coisas tão desimportantes quanto"
23.7.20
Um texticulo: "como identificar um fascista"
22.7.20
21.7.20
Um textículo: "percepção"
que me inunda
como nos vemos
20.7.20
Um textículo: "terrenos"
19.7.20
18.7.20
Um textículo: "as profundas superfícies"
17.7.20
Um textículo: "erro 404"
![]() |
Ilustração: Gilmar |
16.7.20
15.7.20
14.7.20
Um textículo: "contos nada infantis"
13.7.20
Um textículo: "2064"
12.7.20
11.7.20
Um textículo: "em triste ser"
10.7.20
9.7.20
8.7.20
7.7.20
Um textículo: "apagamentos"
6.7.20
Um textículo: "fragmento enquanto poesia"
5.7.20
4.7.20
3.7.20
Um textículo: "gravidade"
viver em casa que não é ninho
2.7.20
Um texticulozinho do século XXI: "prova de amor"
1.7.20
Um textículo: "mudez"
30.6.20
29.6.20
diálogos covidianos
28.6.20
Um textículo: "à janela"
a luz é suja
o som é sujo
o pensamento é sujo
a vida, sujeita às sujeiras
das fendas da fome
da frente do fundo
da lente aumentada
da foto
ao norte a morte
limpa
27.6.20
Um textículo: "feitiço"
26.6.20
25.6.20
24.6.20
Um textículo: "da série ´tudo que não existe pode ser inventado´"
23.6.20
Um textículo: "hipótese"
22.6.20
Um textículo: "do tamanho do olhar"
21.6.20
Um textículo: "chomskyano"
20.6.20
Um textículo: "à noite"
gata miando no teclado
aranha subindo pelas palavras
da série haicaos
Um textículo: "lead zeppelin"
adia tudo em nós
até desatar
leve, leve leve leve
bem leve
o que pesava há dias
depois conduza
esta pluma
dia após dia
ao porto inseguro
de todas as escunas
18.6.20
Um texticulozinho: "sampalouca"
17.6.20
16.6.20
Um textículo: "crítica da razão emotiva"
saúda, deste
canto que há em nós
da série haicaos