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15.4.19

Um textículo: "rito de passagem"


escrever
eu te amo
na dura madeira do parque
e riscar
um coração em volta
no rijo cimento da cidade
ou então
um I love you
na pele pura
da idade imatura.

e nessa amperagem, tudo incendiar
e dessa viagem, nunca mais voltar.

escrever essas coisas
(mesmo que bobagens)
e não mais apagar
nunca mais corrigir
o passo incerto e preciso
desse calcanhar de aquiles.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma passagem e tanto.