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19.5.09

Desabafo comercial...

Tive a oportunidade, ontem, de ver algo insólito em se tratando das relações humanas que deveriam reger as relações comerciais. Mas bem sabemos que o modus operandi dos seres são moldados pelas conveniências. Se você é famoso, tem status, dinheiro ou imagem que leve a algum destes indicadores, provavelmente você será melhor tratado nas lojas, repartições, pelo garçom, imprensa, subordinados. Parece ruim, mas é verdade resoluta da vida.

Pois ontem, depois de ficar por duas horas na loja da vivo (assim mesmo, vivo tem que ficar na sua minúscula musculatura), no Shopping Tamboré, em Barueri, apenas para comprar um mísero chip, já tinha me socializado com muitos ao meu redor. Eis que um deafortunado como eu, depois de cumprir as mesmas duas hora ou pouco menos, saiu porta fora para tomar um ar. Para Azar dele, pois tinha dado 10 da noite e uma funcionária afoita baixou a porta, mesmo vendo que o dito estava "colado" à parede, olhando o movimento de pessoas no corredor do shopping.

Pior, a prestativa senhorita recusou todos os argumentos para permitir que ele voltasse para dentro da loja, para, como eu, também comprar a peça que lhe interessava. De nada adiantou os argumentos dos outros presentes (eu, inclusive). Nada, absolutamente nada persuadia a garota a abrir mão de seus princípios ("depois que fechamos, não podemos abrir excessão para ninguém, senhor!"). Esse "senhor" é o que mais me ultraja quando assim sou agredido por algum balconista sorridente; é cinismo puro vestido de gerundismo marqueteiro.
Um segurança do shopping aproximou-se e - pasmem todos! - defendeu o cidadão. Confesso, foi a primeira vez que vi um segurança de defender um indivíduo contra a insitutição shopping center. Milagres (ou bom senso) acontecem.
E talvez por isso, depois de muita insistência de todos os lados, surgiu "alguém responsável", que se dispôs a levantar a porta de aço, conversar com o consumidor e permitir sua entrada no recinto. No exato momento em que eu era chamdo ao balcão, depois de quase duas horas e vinte minutos.


Presente da amiga



("Vênus de Milo", Lia, grafite sobre papel, 30x60 cm, em casa)