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24.4.14

"Itaquera - Uma Breve Introdução" (Material Promocional)





Itaquera, com mais de 500 mil habitantes, tem uma população maior que algumas das principais cidades do mundo.
Depois de escolhida para abertura da Copa do Mundo de 2014, com a construção do estádio do Corinthians, várias obras foram iniciadas. Mas, o que Itaquera era antes? Como se formou o lugar? Como foi que o lugar saiu das páginas policiais e virou palco de abertura do principal evento esportivo do mundo?
Recuperando um pouco dessas histórias, o escritor Escobar Franelas, nascido e vivendo em Itaquera até hoje, visitou seu passado. Formado em História, Franelas traz à superfície um pouco da memória do lugar.
Sem academicismos e com uma escrita fluida e objetiva, Itaquera – Uma breve introdução é um relato sucinto de tempos que cada vez mais vão ficando para trás. E, por isso mesmo, precisam ser registrados. Como Escobar Franelas agora o faz.

23.4.14

Apresentação de "Itaquera - Uma Breve Introdução"




Apresentação

A criação do que existe é uma tarefa infinita
(Aricy Curvello, poeta brasileiro)
   
Por que escrever a história de um bairro? Por que, depois de tantos autores (e, com certeza, precedendo muitos outros), dar-se ao trabalho de ficar horas e horas sentado no fundo de uma biblioteca, lendo, rascunhando, escarafunchando, rabiscando, anotando, para, depois, gastar mais horas na árdua tarefa de sintetizar tudo o que se leu, assistiu, anotou e pesquisou?
Por que, ainda, insistir em passar horas em pesquisas no ambiente virtual, saindo apenas pra tomar café e esticar os ossos? Por que falar de Itaquera?
Só porque o bairro foi quem ouviu meu primeiro choro, dentro do Hospital Santa Marcelina e, segundo minha mãe, fui saudado por uma sinfonia de bem-te-vis numa manhã de primavera? Ou então porque me viu dar os primeiros passos? Ou os primeiros tombos de bicicleta quando ia dar rolês com uma velha e enferrujada Caloi sem freios nas estradinhas de terra da antiga Colônia Japonesa? É, é disso que quero falar, sim.
E mais, citar o Elite Itaquerense, onde vi um show do Racionais pela primeira vez; o antigo campo do Ferrolho, no qual assisti memoráveis partidas de futebol de várzea e até show de rock! O Parque do Carmo, onde passeei muito, pois era o único local acessível às condições financeiras da minha família, na infância; o Rumi de Ranieri, lugar onde vários dos meus amigos deram suas primeiras braçadas numa piscina; a Oficina Alfredo Volpi, onde tentei me tornar artista plástico, escultor, fotógrafo e ator e, no máximo, virei escrevinhador; os antológicos jornais Espalhaphatos e Bem-Feito, que falavam de cultura e arte com pertinência e profundidade.
Ah, como eu quero falar de Itaquera, falar do Primavera nos Dentes, onde, pela primeira vez, vi poetas que não só cometiam seus escritos, mas que também declamavam esses poemas ali, ao vivo, na primeira experiência de sarau que vi em minha vida, quando nem se usava essa palavra; do saudoso cartunista Xisto, que criou o Super-Mé, um autêntico super-herói à brasileira; e também do Gilson, Américo e Giba; do Talmo, Batalhafam, Milton e Itamar; mas também sempre ameaçado pelas picaretagens da politicalha. Dos campeonatos de xadrez na Park Restaurante; do Projeto Fala Negão, da leonina Leandro de Itaquera; das incontáveis vezes que fui ao Beco ver campeonatos de motocross.
Recorro, aqui, às palavras das pesquisadoras Amália Inês Geraiges de Lemos e Maria Cecília França que, há quase 30 anos, debruçaram-se sobre esse enigma chamado Itaquera. São delas as seguintes considerações “Por que (grifo meu) estudar Itaquera, tão longínqua para os habitantes do centro?”.
Itaquera que, àquela época, aos poucos ia deixando de fazer parte do cinturão verde da cidade, mas ainda respirava ares interioranos em sua já diminuta Colônia Japonesa (responsável durante décadas por fornecer os pêssegos que as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras, comeram). Itaquera que não tinha sequer metrô, uma coisa difícil de especular hoje, já que agora o bairro respira este meio de transporte. Itaquera que, provinciana, não se decidia entre ser urbana ou permanecer rural.
Logo a seguir, na página 15, contudo, as autoras respondem à questão, afirmando “hoje, o bairro de Itaquera sozinho pode ser considerado como uma grande cidade, refletindo todos os problemas do crescimento desenfreado da Capital”.
Aí está! O bairro já exibia, há 30 anos, nuances de um microcosmo daquilo que viria a ser, com a força da grana que ergue e destrói coisas belas, conforme já cantou Caetano Veloso. E, nutrido dessa ambiguidade, o bairro não parou de crescer, não se importando com o que isso queira dizer no contexto do mundo urbano atual.
Essas questões estão sempre no vértice da urgência: cidadania, progresso, inserção social, políticas públicas, patrimônios históricos, cultura, lazer, esporte, arte, educação, saúde, sustentabilidade, segurança, economia e tantas outras que garantem a dignidade da vida em sociedade.
É por isso, pelo desejo fremente de que o bairro cresça, e que este crescimento seja de toda ordem (econômico, mas também social), e de que os índices de inclusão sejam ao menos razoáveis para todos. E que seja sempre dentro dos princípios da cidadania plena.

O autor

* O livro "Itaquera - Uma Breve Introdução" terá seu coquetel de lançamento no dia 10 de maio de 2014, a partir das 14h na Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda. Ela fica na rua Vitório Santim, 44, centro de Itaquera, São Paulo, SP. O telefone é (11) 2205-7406.
 
**Algumas dicas:
a) de Metrô descer na estação terminal Corinthians-Itaquera e pegar qualquer ônibus ou van que passe pelo centro do bairro.
b) de trem, a partir da estação Luz, sentido Guaianases, descer na estação Dom Bosco (a biblioteca fica a 7 minutinhos).
c) de carro, pegar a Radial Leste sentido Guaianases e sair dela à direita, logo depois do estádio Itaquerão. A partir de então, seguir as placas que orientam até o centro de Itaquera (menos de 5 minutinhos).
d) A biblioteca fica em frente ao banco Santander.

***Orientação pelo Google Maps: https://maps.google.com.br/maps?q=biblioteca+sergio+buarque+de+holanda&ie=UTF-8&ei=eVE_U5KwCcXh0QGwjYHoAg&sqi=2&ved=0CAcQ_AUoAg

 

20.4.14

Casa nova

Apareçam para um café...

http://efranelas.wix.com/escobarfranelas

Tudo sobre eu&mim.
Abraços,

8.4.14

Depoimento de Cida Santos para meu livro "Itaquera - Uma breve introdução"

Cida Santos entre Ronaldo Ferro (músico) e Akira Yamasaki (poeta), 2012 (foto: arquivo EF)



A estação de metrô Corinthians-Itaquera em 2011, vista do terreno onde está assentado o Itaquerão (foto: arquivo EF)

 Meu querido amigo e escritor Escobar Franelas, menino saudado por uma sinfonia de bem-te-vis numa manhã de primavera, na linda Itaquera!
Que alegria imensa falar de você e da “Zona Leste Meu Amor”, muito especialmente, de nossa Itaquera!
Seus poemas me encantam há muito tempo; seu livro Antes de Evanescer me conquistou definitivamente e, agora, você vem me falar sobre um pedacinho da Zona Leste chamado Itaquera – assunto que me fascina – e ainda me convida pra fazer esta orelha?  
Acabo de ler “Itaquera – Uma Introdução”. É uma viagem fascinante pela história de São Paulo e, quer queiram quer não, a região leste tem um capítulo muito especial nessa história! A luta obstinada de algumas lideranças da região leste, trouxe o mínimo de dignidade a todo o povo!   
Itaquera, mesmo vendo “se multiplicarem os seus problemas já crônicos: saúde, educação, trânsito, segurança, transporte”, não pode e nem deve perder as esperanças! Um novo horizonte está surgindo...
 Cida Santos
Escritora
Assistente Social

Nota: o livro "Itaquera - Uma breve introdução" será lançado no dia 10 de maio de 2014, a partir das 14h, na Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda, rua Vitório Santim, 44. Itaquera, São Paulo, SP Tel.: (11) 2205-7406.
 
Obras do Itaquerão, 2012 (foto: arquivo EF)

1.4.14

Prefácio de Zé Carlos Batalhafam para meu livro "Itaquera - Uma breve introdução"

Céu de Itaquera a partir da av. Jacu-Pêssego, 2012 (foto: arquivo EF)
Escultura - Pq. Carmo (foto: arquivo EF)



ITAQUERA, SOMOS NÓS!

“Uma breve introdução”, eis as palavras norteadoras que, permeando a leitura, nas entrelinhas da narrativa, nos conduzirão ao entendimento do que foi, do que é e, do que poderá vir a ser o bairro de Itaquera.
Ao escolher “Uma breve introdução” como subtítulo, Escobar Franelas foi muito feliz; sobretudo, por saber que resgatar a história de Itaquera e, torna-la compreensível, é tarefa que exigirá anos de “garimpagem” e, presença de muitos pesquisadores. Afinal, são séculos de existência e escassa documentação disponível.
Adotando a cronologia e a comparação como metodologia, Escobar nos permite visualizar a paisagem peculiar da Itaquera antiga e, nos dá a dimensão das mudanças pelas quais a região passou – desde a longínqua “Roça Itaquera” nas terras de Caaguassú à implantação da “Colônia japonesa”, da implantação do Metropolitano e a construção do “Itaquerão” da Copa de 2014.
Sua cronologia nos permite ver a Itaquera rural do período colonial e entendê-la enquanto espaço urbano das Cohab’s e, do anel viário Jacú-Pêssego; visualizar o velho e o novo no tempo e no espaço.
Se há, aqui e ali, alguma lacuna; é pela simples razão de permitir ao leitor a realização de sua própria busca; deixar espaço para outras pesquisas que o leitor mais atento queira realizar.
A função da obra, como o próprio subtítulo sugere, é instigar, despertar interesse e, sobretudo, contribuir para o registro e resgate histórico deste imenso território que foi, e que é Itaquera.

Poeta, escritor, videomaker e historiador, Escobar Franelas não se furtou do mergulho necessário na bibliografia disponível, e dela, trouxe referências e notas importantes para compor sua narrativa. Isso, além de oferecer densidade ao trabalho, possibilita, a nós seus leitores, o conhe-cimento de outras obras e outros autores que seriamente, também, se  debruçaram sobre o tema.
Construída a partir da ação dos mais diferentes indivíduos, de fora ou de dentro do território, a história total de Itaquera será escrita, também, pela ação de múltiplos agentes. Afinal, a feitura histórica sempre será coletiva.  A história é mais que a ponta do iceberg, a superfície, o conjunto de realizações dos indivíduos num dado tempo e espaço.  É, também, o que não se vê; o que está submerso e que, pouco chama a atenção; as motivações e, a forma pela qual fora produzida.
Então, por que Escobar Franelas escreveu?
Por diversos motivos; mas, sobretudo, para o nosso deleite; para que Itaquera ocupe no cenário paulistano, o espaço que lhe é de direito; para que não esqueçamos o que somos. A história de Itaquera é a nossa história; necessário, agora, é nos reconhecermos.

Zé Carlos Batalhafam – poeta, escritor, memorialista e, claro, também um itaquerense.


Nota: o livro "Itaquera - Uma breve introdução" será lançado no dia 10 de maio de 2014, a partir das 14h, na Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda, rua Vitório Santim, 44. Itaquera, São Paulo, SP Tel.: (11) 2205-7406.
 
Batalhafam montando varal com seus poemas durante evento literário em Santos, 2012 (foto: arquivo EF)