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27.11.11

Tarde de Autógrafos - Coletânea Serafin dos Poetas

Ontem, sábado, com uma tarde radiante, tive uma das experiências mais ricas em minha vida. Fomos eu, meu filho João, meu neto Arthur e minha afilhada Susan participar da tarde de autógrafos no lançamento de uma coletânea de poesias feitas por crianças. Obra do incansável militante literário Marciano Vasques (http://casaazuldaliteratura.blogspot.com/).
Depois de criar um blogue para que essas crianças pudessem se expressar através da imantação poética, Marciano viabilizou (com recursos próprios, diga-se), a publicação do livro Serafin dos Poetas (SP: Casa das Aventuras), com a participação de 33 poetas, todos alunos do Ensino Fundamental I da escola Pe. Serafin Martinez Gutierrez, na Cohab, zona leste da Sampalândia.


O livro Serafin dos Poetas

A tarde radiosa prenunciava uma certa apreensão, já que o fato era uma novidade que eu nunca presenciara. Chegando à escola, porém, eis-me diante de uma reunião não prevista, os alunos, em suas mesas ornamentadas com papel crepon lilás e belas violetas, fazendo um enorme círculo. Solícitos pais, tios, avós e outros familiares e prestigiadores, todos em volta, exemplificam a beleza do momento de todos aquelas crianças, poetas de verdade única e lírica, para dizer explicitamente apenas "o mínimo".

Crianças poetas (ou o correto seria poetas crianças?)

Por todo o pátio da escola via-se a intensidade dos trabalhos dessas (e de outras crianças), nos cartazes, instalações e dobraduras-poemas, todos ilustrando a profunda experiência transformadora a nós permitida pela arte, cultura e exercício da cidadania.
Após uma breve digressão do próprio Marciano, dando o evento como aberto, nos deleitamos com os autógrafos, quando os poetas puderam vivenciar uma experiência pela qual já passei e que sempre gera um desconfortável frio na barriga. Imagino a cabecinha deles naquela hora...

Exposição do fundo marinho com material reciclável

Exposição

Marciano Vasques dando início à tarde de autógrafos



26.11.11

Voo Livre, de Alexandre D´Lou - Estreia na Cinemateca

Ontem, na noite de uma sexta-feira linda na Sampalândia, foi a estreia de Voo Livre, curta de Alexandre D´Lou. Baseado em fatos reais, o filme conta a história do suicídio de uma garota no momento da festa de seu aniversário.
D´Lou, que também é fotógrafo e arte-educador, buscou neste Voo Livre algumas saídas interessantes e inusitadas para distinguir seu filme. Chama a atenção, entre outras coisas, a desadesão de trilha em momentos de tensão dramática e suspense, viabilizando efeitos climáticos pela via inversa na cinematografia a que estamos acostumados a ver. Para preencher essa "necessidade semiótica" da linguagem, Alexandre buscou então uma fotografia fílmica densa, com coloração expressionista, que ajudasse a realçar as sugestões do enredo. O resultado é muito satisfatório, ainda mais quando somos surpreendidos pela informação de que o filme é a estreia dele na direção.
O próximo passo já está do cineasta é a produção de um documentário sobre a Revolução Paulista de 1924, também conhecida como "a revolução esquecida".
Outros curtas exibidos na noite Curta Cinemateca Especial foram Nego e Velho Mundo, ambos de Armando Fonseca, Conversão, de Jr. Aragaki; Rabiscroto, de Marcelo Terreiro; e o (ótimo) documentário Cocorobó, de Cyro Sadeh e Mariana Costa Di Lello.
A troupe e Alê D´Lou (camisa azul)


Vôo livre, de Alexandre D’Lou
São Paulo, 2011, vídeo digital, colorido, 5’ 
Michelle Dias, Isa Diaz, Marco Antonyo e Anita Abrantes

24.11.11

Missa Pela Memória de Raberuan

Hoje, quinta-feira, 24 de novembro de 2011, às 19h., será celebrada missa pela memória de Raberuan, o "passarinho", o "Tião", o "cantador", o "violeiro".
Local: Igreja São Francisco de Assis (final da av. Miguel Rachid, Ermelino)
Celebrante: Pe. Ticão
foto EF (arquivo pessoal)
Amém!

"Bem-te-vi, Itaim" (Raberuan e Akira) c/ Raberuan

18.11.11

Raberuan foi cantar com os passarinhos...

foto: EF (arquivo pessoal)
A notícia me pegou ali, junto ao Metrô Carrão, na Radial Leste: "Raberuan nos deixou". Melhor assim: "Raberuan nos levou". Uma hora atrás.
O crooner de voz sem falsetes, o cantor de múltiplos sentimentos, o compositor de tantos recursos poéticos,  cantador de todas as celebrações da vida, o Tião foi-s´imbora. Mas levou-nos juntos, nas asas de sua poesia.
Deixará em nossa memória a tatuagem indelével de seu cantar sem esforço, o violão como um parceiro quase siamês, a cabeleira rebelde a balançar freneticamente, os olhos vivazes, o afago de suas mãos sempre dispostas a um carinho.
Tinha 58 anos...
foto: Akira Yamasaki (arquivo pessoal)