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17.10.09

Vou escrever só de cabeça

É isso mesmo, vou escrever tudo de cabeça, confirme vi e senti. Noite de sexta, um friozinho londrino em Sampalândia, mas mesmo assim aboletei meus dois guris (Zuza e Preto) e mais um afilhado (Gugu) no carro, e tocamos pro Pacaembu. Iríamos ver Marta e cia. ensinar muito marmanjo (inclusive eu), como se joga futebol, com arte, malícia, virilidade (!!!) e maestria.
Vimos. E como vimos!...
As Sereias da Vila ganharam de 5 a zero do Formas Íntimas, que, salvo engano, é da Colômbia. Perdoem-me, quero manter essas linhas puras de magia e impuras de dados consistentes. Se tiver que consultar algo para confirmar dados, acho que vai perder esse fluxo de paixão que me sublima nesse exato momento. Aliás, já era pra estar dormindo. Tenho compromisso daqui a pouco, mas depois de fazer a gurizada deitar e dormir, decidi vir teclar meu estado de graça.
Pois ver Marta, Cristiane, Aline e as outras correndo, me faz pensar que talvez tenha sido realmente bom praqueles que viram Pelé, Garrincha, Rivelino e Ademir da Guia desfilando suas majestades pelos verdes campos dessa terra. Os tempos mudaram, contudo, e deixaram algumas xerox bem tiradas (Zico, Pelé, Maradona, (diversos) Ronaldos, Messi e Zidane), e outras nem tanto, bem mais borradas. Desconfio que "aqueles" outros tempos eram - digamos - mais "artísticos" e menos capitalísticos. Deve ser essa a explicação.
Pois hoje, vou falar a verdade, é chato pra caramba aturar galvões buenos, arnaldos césares e caios casagrandes explicando tintim por tintim de algo que é mais subjetivo que a própria abstração: a arte de jogar bola. Ficam horas rediscutindo se houve ou não um pênalti, enquanto que o coitado do juiz que errou lá no campo não teve o replay para tirar a dúvida. Esse mundinho politicamente correto mas incrivelmente poluído de patrocinadores é tremendamente chato.
Voltemos ao Pacaembu, onde pude curtir à vontade com a molecada cada drible cerebral de Magic Marta (o trocadilho surgiu agora, assim... de repente!, e refere-se mais ao astro do basquete estadunidense do que à nobre Paula, a quem também rendo loas, vá lá, que ela também merece), à capacidade da Cristiane de transformar qualquer jogada numa bela dança, à explosão da Aline quando parte em direção ao gol adversário, e a plasticidade de todas essas belas garotas desfilando charme, elegância e categoria no trato da bola.
O resultado foi justo? Ah, sei lá! Que importa? Foi 5 mas poderia ter sido 10 ou apenas uns dois. Daria na mesma, o jogo e as jogadas é que foram geniais; os gols, apenas consequência. Pra completar, acho que foram dois da Marta e três da Cristiane. Aliás, se o Pelé não secar muito, talvez a Cris também passe dos mil, né? Tomara...

Um comentário:

Francisco Coimbra disse...

Beleza! Abçs