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1.8.10

Fim de tarde: ocaso que morde acaso arde?

(tarde 12 de janeiro de 2009. De dentro do ônibus fiz essa imagem de uma tarde que declinava suavemente com uma câmera 5.0 bem basiquinha. Agora encontrei o poema que a retrata. É de autoria da poeta Alessandra Espínola, e está reproduzido abaixo:

Fim de Tarde
 
de repente, o fim de tarde
é cinza
na fala desconjuntada das cores
é feroz, voraz, cruel

o fim de tarde
nos seus lábios é vermelho furor

intermitente lume ferida
de ser signo e amor

fim de tarde
é uma estrela que arde
palavra perfume partida

* surrupiado do blogue da própria autora: http://poesianaveia.zip.net/

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