Foi lindo pra caramba. Com a simplicidade, o carisma e a "socialização do palco", que são alguns dos elementos que norteiam sua carreira - além do talento, claro! - Jocélio Amaro lançou novo cd no último sábado, 1º de setembro, no aconchegante palco da Casa de Farinha, em São Miguel, zona leste da Sampalândia.
O novo trabalho, batizado de "Acústico" é um breque na carreira de compositor. Jocélio partiu agora para buscar suas reminiscências juvenis no interior na Paraíba natal, lembrar as músicas que faziam sua cabeça na adolescência e juventude. Regravou-as, com a candura e a dolência que são peculiares em sua voz.
Movido por sua simpática noção de cortesia no palco, Jocélio convidou uma trupe para abrir e interagir com seu show. E mesmo os desavisados, como eu, foram amealhados para subir ao microfone e dar um recadinho para a simpática plateia que encheu a Casa de Farinha. Assim, um a um, fomos eu, Gilberto Braz, Akira Yamasaki, Sacha Arcanjo, Zulu de Arrebatá, Beto Rios, Lika Rosa, Pérola Negra e outros, acompanhá-lo em seu espaço lúdico. Acompanhado de Célio Sousa e Tony Marshall nos violões, Jocélio entornou o caldo e desfilou Belchior, Fernando Mendes, Peninha e outros, além de recorrer à dor de cotovelo de seu repertório próprio.
Mas Jocélio não ficou só nisso. Sua práxis "comunista" é, também, uma prática musical. E tome então a visceral "América Católica", seu maior sucesso, para fechar o show para uma noite estrelada, de lua cheia, calorosa, com direito até a um "Parabéns pra você" para o anfitrião da casa (Xavier bateu na casa dos 46).
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