Tecido retorcido, SP, 2009
Mova-se.
Essa é a premissa para aqueles que desejam ver a vida sob luzes.
E não bastam o sol, o néon, os fulcros de glórias, os rojões...
Não! É preciso muito mais; uma conquista diária, constante, solidária, perseverante, histórica, solitária, social. Enfim, uma CONQUISTA.
Conforme sofismou nosso poetinha, olha que coisa mais linda, mais cheia de graça... Estava eternizada a idéia de que a vida é uma passarela. Os pequenos triunfos são as luzes que indicam o quê, como, quando e porque nos vestimos. Nós vestimos algo ou nos tornamos nus, porque temos o poder da opção, porque somos animais civis. Queremos(e pra sempre) dividir nossas memórias, êxtases e fantasias, com alguém quem nos note; veja que somos sol intenso, luz densa em neurônios substantivos e paixões adjetivas. Queremos tomar conta do mundo, mas com carinho; embalar o planeta, cantando uma velha canção de ninar; mimar a lua, abraçar o sol. Pois só somos felizes se nos vêem, se nos notam, se nos cantam. Se fazemos isso para alguém.
Cortina de ônibus, SP, 2009
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