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6.8.20

Um textículo: desentrevista


Pode explicar agora:
Bem, foi mais ou menos o seguinte. Eu estava descendo as escadas do metrô, com muita pressa, mas muita pressa mesmo. Trabalho do outro lado da cidade, estava atrasado. Então, quando saltei do trem e comecei a descida na escada rolante, a mulher me atrapalhou. Ela estava cheia de sacolas, uma bolsa enorme, e eu tropiquei nela. Nada demais, mas ela atrapalhou-se no passo e esbarrou num homem que ia na minha frente. Coitado! Ele acabou tropeçando no próprio pé e segurou no corrimão. Acontece que o rapazinho que vinha logo atrás, ao meu lado, não parou a tempo, e caiu por cima dele. Daí, né, foi aquele bafafá. Um homem que ia na frente virou-se e foi atropelado pelo cara que caía. A mulher que tava mais à frente só desviou, mas o outro senhor tentou acudir e foi junto. Ele tonteou e fez a besteira de segurar no paletó de um outro cidadão, derrubando dois de uma vez e ainda dando uma cotovelada num outro. Foi um deus-nos-acuda. Eu? Eu consegui me equilibrar com uma dificuldade que só vendo! Então desci, devagarinho, desviando. Ainda ajudei a mulher com as sacolas. Elas estavam pesadas. Graças a Deus não aconteceu nada demais.

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