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19.6.13

Terça-feira, 18 de junho de 2013 - Liderança constrangida

Foto do arquivo de Paola Penna - Facebook
Tento entender o que deu certo na segunda e o que pode ter acontecido ontem, com a disseminação da violência protagonizada supostamente pelos mesmos militantes do dia anterior.

Somos um todo feito de partes díspares. O corpo que trabalha pode estar ressentido com uma unha encravada que dói. É isso, os gladiadores que apostaram na violência de ontem, são os cânceres que vivem a solapar boas propostas, intransigir no avanço das ideias, atrapalhar o avanço da turma do bem, botar areia no meio da graxa de uma máquina que lentamente tenta se mover para sair do marasmo em que esteve metida por tanto tempo! É o ´corpo social´, no exercício pleno daquilo que foi advogado desde os tempos da Grécia antiga, e que sempre é retomado quando a sociedade repentinamente acorda e dá um "chega, não aguentamos mais!".

Mas eles - os doentes - não! Eles são profissionais a serviço de um mal maior, porque sequer os divisamos na neblina dos acontecimentos. No calor da hora, quando percebemos, eles já estão cometendo seus sacrilégios contra o próprio corpo que habitam. Quando damos conta, eles já estão lá, aproveitando suas libertinagens provisórias para fazer bobagens, triunfando pontualmente diante das câmeras que vibram com o sangue, a baderna e a zorra geral. Eles - essas pústulas do corpo - não querem a revisão do preço das passagens, eles querem atrapalhar a passagem. Eles - feridas abertas na pele da cidade - não querem a melhoria da saúde, eles são a própria doença social. Essa corja de pilantras e pilintras (escondidos atrás de bandanas, de fardas, de ternos lustrosos, de discursos simplistas, das frases gritadas e de demagogias sofríveis), eles não querem avanços na educação, preferem sempre o contrário, a confusão, a glossolalia, a desinformação.

Eles - micróbios que sugam toda a energia da massa protestante - não querem segurança, aliás, crescem - e aparecem - justamente na insegurança e no improviso de momentos que poderiam ser de grandes conquistas. Mas não, esses bichos à solta no meio da turba querem mesmo é a zona, não a prática proativa da autogestão para o bem coletivo. Ao contrário, o que a selvageria dos seus atos traduzem com muita eloquência é que aproveitam-se, isso sim, das sombras da multidão para macular mais ainda um corpo que já está cansado de sofrer com os desmandos ditos ´oficiais´. E os ´oficiais´ do poder (político, financeiro, religioso, midiático etc) têm comichões de prazer quando percebem que a bandalheira tomou a frente da civilidade.

A doença que nos habita - a sociedade, a nação, a coletividade - deve ser severamente vigiada, combatida, atenuada. Já não bastassem tantos outros inimigos com os quais devemos lutar, diariamente...
O idiota: ´micróbio´ social (Fotos do arquivo de Black Bloc - RJ)

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