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6.7.14

"Sobrenome Liberdade" - isso sim é pós-nome de sarau

    
    Guardem esses nomes: Ni Brisant, Mano Ril, Luz Ribeiro e Eduardo Dias. São eles o quarteto fantástico que na primeira quinta-feira de cada mês quebram todas as barreiras no Grajaú e realizam o Sarau Sobrenome Liberdade. O sarau que tem o nome mais emblemático entre todos os que rolam na periferia vibrante da Sampalândia - agora posso dizer - é impactante. Impactante e fodástico. Fodástico e inspirado. Inspirado e transpirado.
    Foram mais de três horas para cruzar a cidade em horário de pico, errar o caminho, reafirmar a certeza de que placas indicativas de trânsito são um luxo inexistente na periferia da zona sul, tanto quanto na leste e que o GPS na ponta dos dedos de algumas pessoas indicam o contrário (mas que em outras têm um acerto preciso e milimétrico), para, enfim, chegar ao Relicário Bar e viver uma noite indescritível em louvor à deusa Poesia. 
   Luz, Mano, Eduardo e Ni fazem um sarau intertextual, multiexpressivo e poliinspirado. Arte farta e po- derosa: o bar recebe bem, com serviço cortês, cerveja no ponto e porções com preço justo. E, mais importante, o palco recebe protagonistas de todos os matizes artísticos, muita vibração, irmandade leve e solta, público sorridente, amabilidade no atacado. Como não se sentir bem num  lugar assim?
   Pude falar um pouco do livro que levei, "Itaquera - Uma Breve introdução", mas principalmente, ouvi, vi , curti e fruí intensamente a Arte rica e profunda de todos os que ocuparam o local sagrado do culto poético.
    E quando fui embora - antes do fim, tinha que cruzar Sampa em direção à leste novamente - levei comigo essa saudade, esse saber e esse sabor que, hoje, domingo, três dias depois, ainda perdura. Saudade de todos os meus novos irmãos...

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