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25.7.12

20 viagens acachapantes (e mais...)

1. Ir a Itu, SP, pela Estrada dos Romeiros, a partir de Santana do Parnaíba. É uma estradinha rural, cheia de curvas difíceis, própria para jiperios e motos off-road. Mas a sensação de andar bem próximo do mato, num asfalto que é tudo, menos reto, é de uma paz extremamente bucólica. Se estiver sem pressa, ouvindo Sarah Vaughan, Milton Nascimento ou John Coltrane, então...

2. O sítio musical tramavirtualpontocompontobêérre. Para quem cultua independência com qualidade, é lá que se encontra o QI (Quem Interessa) no mundo musical tupiniquim de hoje. Dado interessante é que é quase totalmente dominado pela turma do roquenrol. Seria legal o pessoal de outras plagas e tribos ir lá pra tergiversar e dialogar.

3. Grande Sertão: Veredas (livro de João Guimarães Rosa). A complexidade sonora, os achados filosófico-musicais (nem tanto musicais e nem tanto filosóficos), e a dicotomia erudição/sertão, formam, nessa singela história de amor, a amplitude de um autor singular, tratando do mais universal dos assuntos.

4. Futebol (quadro de Cândido Portinari). Quando quase adolescente, vi este quadro reproduzido numa página de uma revista. A forte presença do vermelho, as cabeças unidisformemente redondas, e a imagem de uma prática tão lúdica (o esporte na infância) num cemitério, foi um arrebatamento que levou-me, ainda moleque, a acreditar que a beleza pode ser triste.

5. Avenida Paulista (São Paulo, SP). Costumo dizer que quem precisa tomar uma aula sobre tolerância ("Como Conviver Com as Diversidades"), precisa ficar uma meia-horinha sentado na escadaria do prédio da Gazeta. É uma viagem vertigionosa para os olhos e a mente modernos.

6. O programa Ensaio, da TV Cultura. Verdadeira odisséia pelo universo sonoro riquíssimo e vário, dos vários brasis que vivem no Brasil.

7. Frank & Ernest, de Bob Thaves. Esssa tirinha cômica, há anos publicada na Caderno 2 do Estadão, é uma viagem de lupa no mundo anárquico das contradições existenciais do viver contemporâneo.

8. RD350. A Yamaha sempre foi famosa por produzir motos popularmente frágeis. Mas no fim do século passado, deixou dois ícones para a juventude brazuca. A DT-180, que foi a primeira moto trail produzida em série por aqui, isso nos anos 80. E a RD-350, standart dos mauricinhos porralôcas e endinheirados. Uma pena, pois a moto realmente era muito boa, estradeira, de dirigibilidade confortável e juvenil. Mas ficou associada às diversas mortes urbanas por conta da química inexata entre álcool e adolescência malsã.

9. Maconha. Antes de tudo, uma verdade: a maria-joana não dá tanto "barato" assim e nem chega a ser uma viagem.A boca fica seca, os sentidos do corpo anestesiados, e a tal "larica" (fome descomunal) faz canja de hospital parecer feijoada. Agora, contudo, lembro que "dar uns dois" empinando pipa numa pedreira hoje abandonada, perto da minha casa na adolescência, foi uma das viagens mais instrospectivas que já fiz. Hoje, contudo, acho o odor insuportável e quero distância da fumaça.

10. Dançar tango.

11. O dia 31 de dezembro.

12. Os olhos de Bruna Lombardi.

13. Todo o universo de Willian Shakespeare.

14. Pasárgada ("Vou-me embora para...").

15. O nascimento de um filho.

16. O Pantanal (acho que deve ser todo e qualquer pantanal, com "pê" minúsculo mesmo, mas como só conheço o do Mato-Grosso, Brasil, fica sendo esse).

17. Ouvir "Divina Comédia Humana", do Belchior, a qualquer hora e em qualquer tempo.

18. Montanhas-russas. Alguém aí conhece viagem ("viagem" mesmo!) mais curta?

19. Low-riders: cultura chicana, nascida, amamentada e crescida nos subúrbios de Los Angeles - e daí para o mundo - traveste-se para a posteridade no culto às roupas largas, largadas e coloridas; carrões (principalmente Impalas) das décadas 50 e 60 do século passado, reformados e transformados; bicicletas (as "low-bikes") igualmente modificadas e muito, muito hip-hop de qualidade nos ouvidos.É de uma viajeira que não se explica se não se olhar de perto.

20. Maverick V-8. (continua...)

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